Quando as Peças Caem

O Silêncio Após a Vitória
Eu costumava perseguir as peças de marfim como se fossem sorte—mas agora as vejo como fantasmas na máquina.
Cada giro é uma respiração prolongada. O tilintar das peças não celebra; ecoa um vazio entre minhas costelas. Ninguém realmente vence aqui. O panda observa-te do outro lado da sala—não com alegria, mas com conhecimento silencioso.
O Ritual da Queda
Isto não é um jogo de sorte. É sobre o que evitas quando já não podes fugir. Cada peça que cai? Não é um prêmio—é um espelho. Jogo porque tento lembrar algo que perdi antes de saber parar.
O Panda na Máquina
O panda não é fofo. É silencioso. Não comemora quando vences. Só senta-se—a observar, segurar, dizer nada. Seus olhos são mais velhos que tua dúvida. Não jogo pelo bônus. Jogo porque ele lembra o que esqueci de sentir vivo sem precisar disso.






